Sempre fui psicóloga das minhas amigas e essa semana uma delas me
procurou para falar sobre seu romance que acabou de uma forma, digamos,
inesperada. E o que me espanta é que não foi a primeira vez que ouvi
algo parecido, então resolvi compartilhar isso com vocês, já que ela
autorizou que eu contasse a história... Como ela sabe da minha veia “desilusionista”,
me cedeu a história. Vamos aos fatos: O menino deu em cima dela durante
uns dois meses, desde a época que se conheceram até finalmente saírem.
Na primeira vez foram num barzinho, na segunda, ao cinema. Na terceira
saíram pra jantar e na quarta vez ele quis “assistir um filminho em
casa”. (Pra quem ainda não sabe quando o cara diz “quero assistir um
filminho em casa” na verdade ele está dizendo “sexo no sofá”).
Infelizmente a minha amiga não tinha percebido essa malícia e foi
toda ingênua com os DVDs pra casa do lindinho… Pensou no jantar e tudo a
pobre inocente. Papo vai, papo vem, mão ali, mão aqui e ela finalmente
entendeu do que se tratava e deu uma trava no sujeito. Afinal, ele
parecia ser legal e ela não queria estragar tudo transando antes do
tempo. Coitada. Estava crente que ouviria um “essa aí é direita, vou
valorizar”, mas tudo que saiu da boca do menino foi “então eu acho
melhor sermos amigos”, seguido de um “pensei que você fosse diferente,
mas ainda é muito menininha. E eu sou um homem, não tenho paciência para
garotinhas que se fazem de virgem”. Ponto.
Acho que não sei o que é pior, se sentir mal por ter caído no papo
doce do malandro e ter transado sem pensar nas consequências (se ele
ligaria no dia seguinte, se era a hora certa, se realmente gostava dele a
esse ponto) ou se é ouvir uma dessa assim, na lata.
As mulheres se gabaram tanto de sua atitude independente que agora
estão sendo cobradas por isso: os homens querem que elas mostrem
serviço. Antes, seguras no papel de vítima da cafajestagem alheia,
podiam fazer uso do mal comportamento masculino para justificarem suas
inseguranças ou suas cachorrices depois que um ser deste tipo passava
por suas vidas. Mas agora eles já chegam assumindo a cafajestagem, e
exigem delas a tal atitude da mulher do século XXI, que dá sempre que
pode.
Mas a verdade é que poder é não querer. Não querer fazer algo e não ser obrigada a fazer aquilo. Não existe atitude mais mulher
do que fazer apenas o que se quer. Seja isso dar loucamente na primeira
noite ou querer esperar o casamento para se entregar apenas ao homem da
sua vida. E claro, saber quais são as consequências destes atos e
suportar isso. Não existe atitude mais madura do que respeitar suas
próprias vontades, seu corpo. Seja aos 16 aos 30 ou 45.
Da mesma forma que também temos que entender que os homens, por mais
lindos, fofos, inteligentes, intrigantes e apaixonantes, uma hora vão
olhar pra sua bunda e dizer: “Quero te comer”. E é isso. “Quero te comer”. Se você vai dar ou não é com você. Mas faça apenas se quiser.
Amiga Poll. O cara da história não chegou chegando. Eles saíram 4 vezes antes da derradeira investida. Não foi "ou dá ou desce". Tenho amigas, com atitudes bem machistas, alias, que se o cara não investe no segundo encontro é taxado de viado, e ponto final.
ResponderExcluirLiberdade sexual implica em jogo aberto.
Liberdade sexual é um saco! Tem ônus! Tem ânus!